OS RELES MORTAIS E A VELHA POLÍTICA

Publicado por Gildazio em 30 setembro 2017

     Muito tem se falado sobre eventuais reformas políticas, apregoando-se a mudança nas regras eleitorais para as próximas eleições. Diz-se que, com essas novas propostas, ter-se-ia a volta da credibilidade do Congresso Nacional, do Senado e de todas as esferas de representação política.

     Mas,  depois de inúmeros debates, discussões, reuniões, conchavos, audiências públicas e votações, o resultado é que não haverá quase nada de mudança, com poucos pontos relevantes que valeram apenas para 2020, dentre os quais uma que tem por objetivo impedir a proliferação de partidos nanicos, o impedimento de coligações entre partidos sem nenhuma identidade pragmática ou sem nenhuma ideologia em comum, e, a criança de mais um fundo público de campanha, para rechear os cofres das siglas partidárias.

     Pois sim,  além dessas três mudanças, há ainda uma gama de penduricalhos que visam, exclusivamente, beneficiar os candidatos e partidos, como, por exemplo, uma forma mais generosa de pagamento de multas eleitorais.

     Igualzinho aconteceu na Reforma Trabalhista e irá ocorrer na Providenciaria: os congressistas legislando em causa própria!

     Aí ficamos nós, reles mortais, assistindo tudo isso passivamente. Uns de nós,  não se  dão ao trabalho sequer de manifestarem indignação; alguns, poucos, com um certo grau de discernimento e senso crítico aguçado, ensaiam uma revolta comedida, limitando-se a rotularem todos os políticos de corruptos e que todos são iguais; e, outros, tantos, ignoram totalmente o que está acontecendo em nosso país.

     Fico a me perguntar quando é mesmo que nos daremos, todos, as mãos, para tomarmos as rédeas de nosso destino político. Cheguei a pensar que, nas próximas eleições, pudéssemos, nós mesmos, fazer a mudança real que tanto precisamos, não mudando as regras, mas, sim, mudando as figuras eleitas que se tornarão nossos representantes de 2019 a 20122. Mas aí vem uma notícia bombástica como aquela dos 51 milhões de reais, em malas e caixas, escondidos num Flat. E então me vejo na triste realidade da maioria dos brasileiros que vendem seu voto e que, provavelmente, mais uma vez os ricos e poderosos consigam suas eleições mais uma vez!

     Hoje me vejo num dia de reflexão e pesar porque toda a esperança de dias melhores passam por esta realidade nua e crua: o dinheiro sempre deu o tom das eleições brasileiras e  nosso povo talvez ainda não esteja preparado para rejeitar a tentação de vender nosso destino.

     Mas, como toda boa proerdiana, tenho a fé inabalável que milagres acontecem todos os dias: quem sabe tenhamos uma providencia divina e, em 2018, os cidadãos escolham novos representantes, com responsabilidade!

     Temos que nos livrar da Velha Política, aquela fundamentada no poder econômico e na feira de cargos; devemos nos livrar de pessoas que já tiveram a chance de fazer algo e nada fizeram (ou só fizeram para si mesmos!). Se esses que aí estão não fizeram a mudança, faremo-la nós!

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